Ministro da Fazenda destaca avanços na diversificação das exportações e na política fiscal como fatores que blindam economia brasileira diante de medidas protecionistas anunciadas por Trump
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8) que o Brasil está em uma posição mais sólida para enfrentar os impactos das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Em resposta ao chamado “tarifaço” anunciado pelo ex-presidente e pré-candidato Donald Trump, Haddad destacou que o país avançou na diversificação de mercados e produtos exportados, além de ter fortalecido sua política fiscal nos últimos anos.
“Hoje temos fundamentos econômicos mais robustos e uma política fiscal comprometida com a responsabilidade, o que nos torna menos vulneráveis a choques externos”, declarou o ministro durante evento em São Paulo. Segundo ele, o governo brasileiro está monitorando atentamente os desdobramentos da proposta de Trump, que inclui elevação de tarifas para produtos de diversos países, especialmente os emergentes.
Haddad também mencionou o esforço do Brasil em ampliar parcerias comerciais e reduzir a dependência de poucos mercados, o que, segundo ele, torna a economia mais resiliente frente a medidas unilaterais de grandes potências. O ministro frisou ainda que o país não deve entrar em uma “guerra comercial” e defenderá seus interesses dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O posicionamento ocorre em meio a incertezas no cenário internacional, marcadas pelo avanço do protecionismo e por tensões entre grandes blocos econômicos. A avaliação do governo é que, apesar dos possíveis impactos negativos, o Brasil está mais preparado para enfrentá-los do que em períodos anteriores.
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil