Magé sofre com transporte público precário (Parte 1)

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Moradores enfrentam ônibus sucateados, longas esperas e promessas não cumpridas da prefeitura. A má condição do transporte público é agravada em função da forte onda de calor

Por Ivan Valentino

O transporte público de Magé, um dos serviços essenciais para a população, está em estado crítico. A empresa Iluminada, responsável pela operação dos coletivos municipais, tem sido alvo de inúmeras reclamações devido à frota sucateada, horários irregulares e número reduzido de veículos circulando. O problema afeta todos os distritos, tornando a mobilidade uma verdadeira tortura diária para os usuários.

Um dos casos mais alarmantes é o da linha Andorinhas/Piabetá, que conta, muita das vezes, com apenas um ônibus operando. A demora entre um coletivo e outro pode ultrapassar uma hora e meia, deixando passageiros expostos ao sol escaldante, especialmente em um momento de calor extremo.

Outra região que sofre bastante é o 4º Distrito. “Fico esperando no ponto por mais de duas horas, debaixo desse sol absurdo. Quando o ônibus chega, já vem lotado, e muitas vezes tenho que ir em pé até o final do trajeto”, relata Maria de Fátima, de 23 anos, moradora de Suruí.

A falta de veículos suficientes e o descaso com a qualidade do serviço são reclamações constantes dos mageenses. “Os ônibus estão caindo aos pedaços. São velhos, fazem um barulho infernal, e não têm ar-condicionado. Como pode um município desse tamanho ter um transporte tão ruim?”, desabafa José Galdino, de 56 anos, morador de Piabetá.

O sentimento de indignação se repete entre os passageiros. “A gente paga a passagem e anda espremido como se fosse gado. Os ônibus vivem atrasados, e quando vêm, já estão superlotados. Parece que ninguém se importa com a população”, lamenta Arlindo Maia, 49 anos, morador de Magé.

A prefeitura, há mais de um ano, anunciou a compra de 30 ônibus elétricos para modernizar o transporte público na cidade, mas até o momento nada saiu do papel. Enquanto isso, o calor intenso torna a situação ainda mais insuportável. “Dentro do ônibus é um verdadeiro forno. Eu já vi gente passar mal, suar tanto que chega a desmaiar. O pior é que ninguém faz nada para mudar isso”, denuncia Alexandre Oliveira, 57 anos, morador de Santo Aleixo.

Diante desse cenário de caos e sofrimento, a população pede socorro ao prefeito e à Câmara de Vereadores, exigindo uma solução definitiva para a crise no transporte. Enquanto isso, os moradores seguem enfrentando diariamente um sistema ineficiente, desumano e que desrespeita o direito básico de ir e vir. Afinal, até quando Magé terá que suportar esse descaso?


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